Hoje foi anunciada uma nova categoria no prêmio JABUTI: a láurea para o melhor projeto de formação de novos leitores. Afinal, o reconhecimento do impacto que a leitura pode ter na formação de cidadãos críticos e éticos, porque disto se trata: de pouco adianta o conhecimento se não se aplica à qualificação da vida social em comunidade. A humanização depende da educação, que depende da cultura, que depende da convivência e compartilhamento dos bens e valores, isto é, da solidariedade justa. No caso da Cátedra Unesco de Leitura/iiLer, há cinco anos foi criado o Premio Ricardo Oiticica que atribui prêmios a projetos de formação de leitores.
Com o anúncio, a TV Cultura apresentou uma pequena e densa matéria sobre os Círculos de Leitura, disseminados em S Paulo, por uma psicóloga com paixão por livros, entre jovens. Os Círculos de Leitura já faziam parte da pedagogia proposta no anteprojeto de uma política nacional de Leitura, de 1992, apresentado à Biblioteca Nacional e foram estratégia vital de formação de leitores no PROLER/ Casa da Leitura. Espalharam-se pelo Brasil nos encontros e instituições de incentivo à Leitura. Hoje, no Rio de Janeiro já são mais 200, em casas de família e espaços de grupos profissionais, para deleite e desenvolvimento pessoal, além de atribuição de experiência visando a multiplicação deste recurso apaixonante, como se pode ouvir no depoimento dos jovens.
Ao lado da “contação” de histórias para a valorização das narrativas orais, os Círculos de Leitura eram práticas leitoras de grande interesse e tinham horários cativos, em que senhas eram necessárias para garantir efetiva participação.
Bons exemplos não falham!